Mateus Carrieri não deixa a desejar em Clube Privê, mas o filme pornô de maior sucesso no ano passado foi o La Conga Sex Gretchen, realizado pela Brasileirinhas. Ainda assim, a produção que mais vende até hoje foi lançada em 2004, chama-se "1 Night in Paris (Uma noite em Paris)" e tem mais de 500 mil cópias comercializadas no mundo. O filme, na verdade, é amador. O ex-namorado da polêmica socialite norte-americana Paris Hilton, Rick Salomon, gravou uma relação sexual entre os dois enquanto se divertiam no quarto da casa dele. Em 2005, o filme ganhou dois prêmios da AVN (Adult Video News), revista que trata de cinema pornô. As categorias vencedoras foram: título mais vendido do ano, título mais alugado do ano e melhor campanha de marketing. De qualquer forma, não é tão simples produzir um sucesso. O primeiro passo é o orçamento, que pode variar de acordo com o tipo de produção. Segundo Brunni, o mínimo que se precisa para não deixar de fora bons equipamentos e iluminação, é de R$ 20 mil. A segunda etapa se refere à escolha do diretor e atores. Deve-se pensar no foco do trabalho: se é sexo selvagem, algo relacionado a ninfetas ou mulheres mais velhas, por exemplo. Em seguida, é preciso pensar no tema e o que ele vai envolver. Escritório, praia, boate e barzinho são tendências comuns. É importante que a empresa também leve os atores contratados a realizarem os exames de DNA necessários para verificar se alguém possui doenças sexualmente transmissíveis. O produtor lembra que está investindo em um novo tipo de trabalho, voltado para as mulheres. "Os homens não se preocupam com roteiro, mas são melhor estimulados por cenas eróticas de fato, o que faz deles cerca de 92% dos consumidores de filmes pornôs". Em busca de algo mais elaborado que satisfaça a mulher, é preciso pensar em um roteiro que tenha ambientes bonitos e histórias interessantes. Seria, na verdade, como um longa comum, mas que não faça os cortes na hora do sexo entre os atores. Para isso, é necessário um orçamento maior. Os filmes devem ser gravados em película ou HD, ter luzes mais adequadas e maquiagem. Um produção desse porte pode chegar a um orçamento de meio milhão de dólares. O valor é justificado por um fato: a mulher não deseja o sexo por ele mesmo, ela precisa de fantasias e fetiches que mexam com a imaginação e tragam o "tesão" desejado. Indústria erótica
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Produtora Platinum PlusJú PanteraTamiry ChiavariMilena SantosLorena AquinoMelissa PitangaProdutora BrasileirinhasRita CadillacGretchenAlexandre FrotaMateus CarrieriVivi FernandezMárcia ImperatorDesde abril acontece, em São Paulo a 11ª Erotika Fair, uma feira totalmente voltada para o mercado erótico. O evento foi prolongado até 30 de junho de 2007. Na primeira fase, estiveram presentes 25 mil visitantes. A feira traz desde lançamentos de lingeries até go-go dancers presentes no "Parque Erótico". De acordo com um dos organizadores, Paulo Shiroma, "o objetivo maior é abrir o mercado erótico para o público (curioso) de um modo geral. As atrações têm por meta aguçar e desenvolver a libido das pessoas. Levar informações ao consumidor é fundamental. A falta delas é o que leva ao preconceito. A pornografia está nos olhos de quem vê, e não no que é visto". O mercado erótico movimenta R$ 700 milhões por ano. Desse montante, aproximadamente R$ 300 milhões são apenas para os filmes (entre venda e locação). O Brasil participa de pelo menos 10% da exportação de filmes pornôs. Uma das coisas que mais atraem o público é a variedade de locais que o país tem para servirem de cenário.
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